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R7 Brasília

Brasil, México e Colômbia vão cobrar publicação de atas das eleições venezuelanas em nota

Chanceler brasileiro está reunido com representantes dos países; documento pode ser divulgado ainda nesta segunda

Brasília|Mara Mendes, da RECORD

Maduro foi proclamado vencedor Divulgação/Governo Bolivariano da Venezuela – 29.07.2024

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil estuda emitir uma nota de cobrança da publicação das atas das eleições venezuelanas, ocorridas nesse domingo (28). O documento, construído em conjunto com Colômbia e México, será destinado ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral), órgão venezuelano responsável pelo pleito. A RECORD confirmou que o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, está reunido no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF), com representantes dos governos colombiano e mexicano. A nota pode ser divulgada ainda nesta segunda (29).

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Mais cedo, o CNE proclamou a reeleição do atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, apesar de críticas da oposição e de outras nações, que apontam possíveis fraudes no processo eleitoral. O candidato Edmundo González, principal líder da oposição, também reivindica a vitória.

O Ministério das Relações Exteriores orientou a embaixadora do Brasil na Venezuela, Gilvânia Maria de Oliveira, a não comparecer a uma reunião com Maduro, que ocorrerá nesta segunda-feira (29). A RECORD apurou que o venezuelano chamou os representantes de outros países a um encontro de reconhecimento de sua reeleição. A orientação partiu de Mauro Vieira.

Com o movimento, a expectativa é que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva só reconheça o resultado reivindicado por Maduro, contestado pela oposição e por outras nações, quando as atas de votação forem publicadas pelo CNE. A reportagem apurou que o Palácio do Planalto já pediu à Venezuela a publicação dos detalhes das urnas — o que ainda não foi feito pelo CNE.


A reeleição de Maduro tem gerado protestos de cidadãos que exigem mais transparência no processo eleitoral. Em diversos pontos de Caracas, manifestantes estão realizando “aços” e as ruas próximas ao Palácio Presidencial estão bloqueadas. Segundo o CNE, Maduro obteve 5,15 milhões de votos, correspondendo a 51,2% do total, sendo assim proclamado presidente da república para um terceiro mandato consecutivo. Com isso, ele permanecerá no poder até 2031.

Argentina e Colômbia

Também há registros de protestos contra a reeleição de Maduro na Argentina e na Colômbia. A principal crítica diz respeito à falta de divulgação da contagem detalhada dos votos.


O presidente argentino, Javier Milei, declarou que a Argentina não reconhece a “fraude eleitoral” na Venezuela. Ele também respondeu às ofensas feitas por Maduro após o anúncio do resultado eleitoral. Na ocasião, Maduro chamou Milei de “traidor” da pátria e afirmou que ele está “vendido” aos Estados Unidos.

Além da Argentina, outros países exigiram o às atas das eleições. Em um comunicado conjunto, os governos da Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai pediram uma revisão completa dos dados eleitorais.


O presidente do Chile, Gabriel Boric, declarou nas redes sociais que não reconhecerá “nenhum resultado que não seja verificável”. “A comunidade internacional e especialmente o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exigem total transparência das atas e do processo, e que observadores internacionais não comprometidos com o governo prestem contas pela veracidade dos resultados”, escreveu nas redes sociais.

A líder opositora María Corina Machado e seu candidato Edmundo González Urrutia se pronunciaram após a divulgação dos resultados pelo CNE. Segundo ela, os dados apresentados são “impossíveis diante das informações que estamos recebendo”.

“Hoje queremos dizer a todos os venezuelanos e ao mundo inteiro que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo Gonzalez Urrutia”, afirmou. “Já ganhamos e todo mundo já sabe. (...) Ganhamos em todos os cantos do país, em todas as cidades do país, em todos os Estados do país.”

“Neste momento temos mais de 40% das atas. Estamos recebendo todas as atas que o CNE transmitiu e todas as informações coincidem que Edmundo recebeu 70% dos votos e Maduro 30% dos votos, esse é a verdade.”

China, Rússia, Cuba, Nicarágua, Honduras e Bolívia parabenizaram Maduro pela reeleição. O Brasil afirmou que vai esperar por mais informações sobre a eleição da Venezuela para se pronunciar de forma oficial.

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