DF fica em segundo no ranking de desenvolvimento humano municipal
Região foi a que mais avançou de 2000 a 2010, entre as que já tinham um índice alto, diz Ipea
Brasília|Beatriz Ferrari, do R7

O Distrito Federal é a região metropolitana que mais avançou em termos de desenvolvimento humano entre as regiões que já tinham um bom IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) entre 2000 e 2010, indo de sexta para segunda posição no ranking. O avanço se deve, principalmente, aos indicadores relativos à educação.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em conjunto com o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e a Fundação João Pinheiro, no estudo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.
Em 2000, o DF não aparecia entre os cinco maiores IDHMs, no ranking que era liderdo por São Paulo, com um índice de 0,714. Em 2010, o DF aparece em segundo lugar, com um IDHM de 0,792, atrás apenas de São Paulo, que aparece no ranking com 0,794.
Para o coordenador do Atlas, Marco Aurélio Costa, o avanço se deve a uma combinação entre políticas públicas e uma peculiaridade do DF, de atração de gente com alto nível de escolaridade e renda, sobretudo na década em questão, quando houve um grande número de concursos públicos.
— No caso específico do DF, na década, houve aumento da população com nível alto de escolaridade. Mas temos que pensar na peculiaridade de Brasília, que atrai esse tipo de população. Assim, acaba-se elevando os indicadores para além dos avanços nas políticas públicas, disse.
O DF está entre as 16 regiões metropolitanas que registraram avanços na década em IDHM e em todos os outros 200 indicadores socioeconômicos pesquisados. São elas: Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luis, São Paulo e Vitória.
Mesmo com avanço generalizado, o ritmo de crescimento entre elas não foi o mesmo. As regiões que tinham os menores IDHMs tiveram ritmo mais acelerado de crescimento, o que contribuiu para a redução do hiato junto às mais desenvolvidas. No período, a disparidade entre o maior e menor IDHM diminuiu de 22,1% para 10,3%.
Os dados são calculados com base nos Censos Demográficos de 2000 e 2010, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).