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R7 Brasília

Entenda como funciona sistema de biometria que identificou Tuta, membro do PCC, na Bolívia

Agentes de segurança contaram com o apoio do cruzamento de dados de sistemas da Interpol e da Polícia Federal

Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Polícia Federal confirma prisão de criminoso procurado na Bolívia ABC do ABC

Foragido desde 2020, o operador do PCC Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, foi preso na última sexta-feira (16) em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, ao tentar renovar uma identidade falsa no país. Para a identificação de Almeida, agentes de segurança contaram com o apoio do cruzamento de dados de sistemas da Interpol (Organização Internacional de Polícia) e da Polícia Federal.

Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a partir da identificação de uma inconsistência nos documentos apresentados por Tuta, agentes acionaram o investigado para coleta de dados biométricos e faciais.

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Com essas imagens, a PF conseguiu submeter em sistemas internacionais e do próprio órgão os dados relacionados a Marcos. “Temos aproximadamente 45 milhões de dados biométricos, que nos permitiu com essas imagens inserir nos nossos bancos, fazer o cruzamento e, simultaneamente com a Interpol, fazer esse match”, disse Andrei.

O ABIS (Solução Automatizada de Identificação Biométrica) permite a identificação de pessoas, além do armazenamento biométrico delas. De acordo com o governo, o sistema permite, com exatidão, fazer o cruzamento de dados, consultas de impressões digitais e reconhecimento facial.


A capacidade inicial é de 50,2 milhões de cadastros únicos, mas pode ser expandida para identificar os dados de até 200 milhões de pessoas.

“É uma pessoa que tinha o documento de identidade boliviano, documento materialmente válido, mas ideologicamente falso. Ou seja, os dados que estavam constando ali eram falsos, a partir de uma carteira de identidade falsa brasileira que ele utilizou para obter esses documentos”, explicou Andrei.


Segurança no presídio

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, garantiu que Tuta não terá contato com membros de facções na Penitenciária Federal em Brasília, para onde foi levado. Segundo o ministro, os presos são submetidos a rodízios para que fiquem separados em prisões de segurança máxima.

“O presídio de Brasília é o mais seguro possível e é o que estava mais próximo do local onde o preso foi apreendido. Portanto, tudo estava pronto para recebê-lo. A Polícia Penal Federal estava alertada, o doutor André Garcia, que é o Secretário Nacional de Políticas Penitenciárias, foi avisado e preparou esse caminho todo. Portanto, tínhamos todos os equipamentos, veículos para recebermos com toda a segurança” garantiu Lewandowski.


Nessa segunda-feira (19), ele também comentou que o governo federal atua contra a infiltração de facções criminosas na política, especialmente nas eleições. Segundo o ministro, todas as autoridades de segurança pública estão atentas e agem de forma coordenada para investigar as ocorrências.

“Nas últimas eleições municipais, nós identificamos esse fenômeno: algumas facções criminosas tentando lançar candidatos a vereador e até prefeito. Além de fazer todo o trabalho de triagem e investigação por meio da Polícia Federal, fizemos um trabalho bastante coordenado com a Justiça Eleitoral, sobretudo com o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e com os TREs [Tribunais Regionais Eleitorais]”, disse.

Quem é o criminoso

Tuta é considerado o substituto de Marcola no comando do PCC Reprodução/RECORD

Foragido desde 2020, Tuta estava na lista de Difusão Vermelha da Interpol e foi preso por autoridades bolivianas ao tentar renovar uma identidade falsa no país.

O criminoso é operador financeiro do PCC e braço direito de Marcola. Ele já foi condenado a 12 anos e meio de prisão por tráfico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Tuta teria movimentado mais de R$ 1 bilhão do crime.

O criminoso ficou conhecido nacionalmente quando uma mensagem dele a um comparsa foi interceptada pela Polícia Federal. Na mensagem, Tuta afirma que escapou da polícia “salvo pela R”. Investigadores apontaram que ele teria reado R$ 5 milhões em propina para policiais da Rota.

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