Governo propõe acordo para frear preços abusivos em hospedagens durante a COP30
Medida surge após denúncias de preços considerados abusivos durante o período do evento
Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

O governo federal propôs nesta quarta-feira (16) um acordo com o setor hoteleiro de Belém para conter a escalada nos preços de hospedagem durante a COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas marcada para novembro deste ano na capital paraense.
O TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), que deve ser assinado nos próximos dias, foi discutido em reunião entre os ministros Celso Sabino (Turismo) e Rui Costa (Casa Civil) e representantes da rede hoteleira. A proposta tem como objetivo garantir que a cidade esteja preparada para receber os cerca de 50 mil visitantes esperados, evitando práticas abusivas nos valores cobrados por diárias e aluguéis.
LEIA TAMBÉM
Também devem participar da do TAC representantes do Ministério da Justiça, por meio da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), além de entidades do setor e plataformas de hospedagem.
A medida surge após denúncias de preços considerados abusivos durante o período do evento. Há relatos de hotéis sem classificação cobrando diárias acima de R$ 10 mil e de imóveis simples sendo anunciados por até R$ 40 mil para poucos dias de locação. As denúncias foram levadas ao público, inclusive, pelo senador Beto Faro (PT-PA).
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, defendeu que é importante tornar o evento ível a todas as delegações internacionais. “Nem todos os países podem arcar com os valores anunciados. Queremos que todos possam participar da COP30 e voltar com uma boa experiência. Isso é bom para Belém, para o setor e para o Brasil”, afirmou.
Já o ministro do Turismo, Celso Sabino, ressaltou que o sucesso da conferência depende do equilíbrio nas relações comerciais. “Queremos fazer da COP30 a maior e melhor edição da história. Para isso, precisamos responsabilidade e compromisso com os visitantes. Vamos usar todas as ferramentas disponíveis para combater abusos”, disse.
Com a ocupação da rede hoteleira quase esgotada, a expectativa é de que muitos participantes recorram a hospedagens alternativas, como imóveis alugados por plataformas digitais — setor também incluído no escopo do acordo.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp