IA pode provocar guerras acidentais e criação de vírus perigosíssimos, diz Lewandowski
Em inauguração de centro de estudos de universidade portuguesa, ministro falou sobre fake news e avanço da tecnologia
Brasília|Do R7

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou estar preocupado com o avanço da tecnologia, principalmente da inteligência artificial. Segundo ele, é possível que, por meio da IA, guerras sejam provocadas e vírus perigosos sejam criados. Apesar disso, ele reconhece que essa evolução também tem um lado positivo.
“A robotização é algo que pode permitir avanços inimagináveis para a humanidade, especialmente no campo da ciência, mas traz problemas muito sérios, porque é possível que, por meio da inteligência [artificial], se provoquem guerras acidentais, que se criem vírus perigosíssimos”, diz.
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Ele também enfatizou como a bipolarização política cresceu no mundo inteiro, assim como as fake news. Para o ministro, isso é uma das consequências da evolução tecnológica desenfreada.
“O que preocupa especialmente nesse avanço ainda não controlado pelos distintos países é o avanço das fake news, da desinformação, deste mundo da pós-verdade, que coloca em cheque a própria democracia”, afirma.
Lewandowski comentou o tema durante a inauguração do Centro de Estudos da Universidade de Coimbra em conjunto com o IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa). Também estavam presentes o vice-presidente Geraldo Alckmin; o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes; a ministra da Ciência e Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; e o secretário-executivo do Ministério da Educação, Leonardo Barchini.
Laços com Portugal
O evento celebrou a importância dos laços entre Portugal e Brasil, principalmente na educação. Barchini ressaltou a parceria com o país europeu como oportunidade para a ciência brasileira se internacionalizar e ter porta de entrada para a Europa e universidades prestigiadas.
“Essa parceria se consolidou como estratégica, não só por conta da nossa proximidade linguística. Há toda uma proximidade cultural, entre os nossos costumes, nossos povos, nossas relações, que fazem com que essas parcerias com Portugal sejam tão importantes para a nossa academia”, afirmou o secretário.
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