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R7 Brasília

Lewandowski classifica prisão de Tuta, ligado ao PCC, como ‘vitória contra o crime organizado’

Tuta foi condenado a 12 anos de prisão por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Lewandowski destacou rapidez e cooperação entre os dois países Robson Alves/MJSP - 16.5.2025

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, deu mais detalhes sobre a prisão de Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, apontado como operador do PCC (Primeiro Comando da Capital), que chegou ao Brasil no domingo (18), após ser preso na Bolívia na sexta-feira (18).

“É uma vitória contra o crime organizado”, afirmou o ministro. Ainda segundo o titular, as investigações começaram em São Paulo, no Ministério Público paulista, e isso revelaria o entrosamento das forças locais de segurança, que integram o sistema judiciário, com as forças federais.

“Não há combate à criminalidade, que deixou de ser local, não é mais interestadual, e sim global, sem que haja uma cooperação entre todas as forças de segurança, sejam elas locais, federais e internacionais.”, pontuou.

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Almeida foi preso em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, quando tentava renovar um documento falso. Tuta estava foragido da Justiça brasileira desde 2020. Ele também constava na Lista de Difusão Vermelha da Interpol.


Lewandowski também explicou que o mecanismo jurídico utilizado pelo país vizinho foi a determinação de expulsão. Ao contrário da extradição, esse processo é mais rápido e prevê que o país, no exercício de sua soberania, possa expulsar pessoas que cometeram crimes ou representem um perigo à população.

Segundo o governo brasileiro, Tuta foi condenado a 12 anos de prisão por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. A partir de agora, ficará preso na Penitenciária Federal de Brasília, à disposição da Justiça (saiba mais a seguir).


Tecnologia

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, ressaltou a importância da tecnologia na identificação do membro da organização. Segundo Rodrigues, com a biometria e o intercâmbio de informações, foi possível verificar que o homem não seria quem indicava na documentação.

“Isso demostra o nosso compromisso do enfrentamento do crime organizado, da prisão de grandes lideranças, que é um dos eixos fundamentais: a descapitalização do crime organizado, a integração que nos buscamos”, destacou.


O diretor da PF também afirmou que o documento apresentado era verdadeiro, porém com dados falsos. Ele teria obtido os registros ao apresentar uma carteira de identidade com nome falso.

“Na medida que houve a identificação da inconsistência dos documentos apresentados, o oficial da ligação foi acionado para coletar os dados biométricos, inclusive registro fotográfico facial, para que a gente pudesse submeter [os arquivos] não só ao sistema da Interpol, mas também a nossa base de dados”, afirmou. Ao todo, o Banco Nacional de Dados possui mais de 45 milhões perfis com informações biométricas.

O secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, também confirmou que o órgão internacional ajuda os países membros na troca de informações, além de manter uma lista com as pessoas procuradas. “Um caso complexo, um caso sensível que teve um desfecho rápido e preciso”, destacou.

Prisão

As autoridades bolivianas suspeitaram do homem após ele procurar atendimento em uma unidade policial e apresentar um documento com o falso nome de Maicon da Silva — identidade que já constava no banco internacional de dados da Interpol.

Um agente boliviano acionou um oficial da Polícia Federal brasileira que atua em Santa Cruz de la Sierra, que, por sua vez, reou a informação à central da Interpol em Brasília. Com o cruzamento de dados biométricos, os agentes brasileiros confirmaram que se tratava de um foragido da Justiça.

Após a confirmação de sua verdadeira identidade, ele foi detido pela Força Especial de Luta Contra o Crime Organizado na Bolívia.

Segurança máxima

A transferência do preso para o Brasil contou com a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Ministério das Relações Exteriores.

Agora, Tuta se encontra no presídio de segurança máxima de Brasília. “Este presídio de Brasília é o mais seguro possível e foi o que estava mais próximo do local onde o preso foi apreendido, em Corumbá (MS). [...] Tínhamos todos os equipamentos, veículos e condições para recebê-lo com máxima segurança”, acrescentou Lewandowski.

O ministro também classificou como “impossível” qualquer tipo de contato entre o operador do PCC e outros membros da facção presos no mesmo local.

Participaram da operação 50 integrantes da Polícia Federal, incluindo 12 operadores do Comando de Operações Táticas (COT). O transporte da fronteira boliviana até Brasília foi realizado em uma aeronave da PF.

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