Lula convida Wolney Queiroz para assumir Previdência no lugar de Lupi
Atual secretário-executivo do ministério será confirmado ao cargo em meio aos escândalos do INSS; veja o que se sabe
Brasília|Ana Isabel Mansur e Lis Cappi, do R7, em Brasília

Com anúncio da saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou o atual secretário-executivo da pasta, Wolney Queiroz, para assumir o cargo de ministro.
A solicitação foi apresentada nesta sexta-feira (2) e vem em meio ao escândalo envolvendo desvio de valores em aposentadorias do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). A troca deve ser oficializada em publicação do Diário Oficial ainda nesta sexta-feira (2).
LEIA MAIS
Wolney Queiroz assumiu a função ‘número 2′ do ministério desde o início da gestão Lula. Com trajetória no PDT, que a por espaços de liderança do partido na Câmara, a escolha pode amenizar o clima com partido, que fez ameaças de deixar o governo Lula.
O futuro ministro assumirá a pasta com desafio de enfrentar a crise ligada aos desvios no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). Investigações da Polícia Federal estimam R$ 6,3 bilhões em descontos irregulares em pagamentos de aposentados e pensionistas.
Saída de Lupi
O ministro é o 9º nome a deixar o governo Lula desde o início desta terceira gestão. Outros dois ministros ocuparam novos cargos no Executivo, dando um total de 11 trocas. Lupi anunciou a demissão do cargo em publicação nas redes sociais. Minutos depois, o Planalto confirmou a informação, em nota.
A confirmação de saída veio após uma reunião com o presidente Lula no Palácio do Planalto. A reunião não estava prevista incialmente.
O desligamento contraria indicações de ministros do governo, que ponderaram por mais investigações do INSS antes de uma eventual mudança na Previdência. Em outra frente, críticos à gestão de Lula cobravam pela saída do ministro.
Escândalo do INSS
A investigação da PF aponta irregularidades na folha de pagamento de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024, com aumento expressivo a partir de 2023. Os valores ultraam os R$ 6,3 bilhões.
O processo acontecia com descontos para serviços não contratados de entidades. A suspeita é de que funcionários do INSS tenham contribuído para que o golpe não fosse identificado.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp