Lupi é o 9º ministro a deixar governo Lula; relembre outras mudanças
Outros dois ministros ocuparam novos cargos no Executivo, dando um total de 11 trocas no governo
Brasília|Ana Isabel Mansur e Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Carlos Lupi, que pediu demissão do Ministério da Previdência Social nesta sexta-feira (2), é o nono ministro a deixar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Lupi deixa a Esplanada dos Ministérios em meio ao escândalo no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). Outros dois ministros ocuparam novos cargos no Executivo, dando um total de 11 trocas.
Lula convocou Lupi ao Palácio do Planalto nesta tarde, encontro que não estava previsto inicialmente na agenda do presidente.
O atual secretário-executivo do ministério, Wolney Queiroz, vai substituí-lo. Segundo o Palácio do Planalto, as mudanças serão publicadas ainda nesta sexta, em edição extra do Diário Oficial da União.
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A Polícia Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União) investigam um suposto esquema nacional de cobranças indevidas em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. As irregularidades, identificadas entre 2019 e 2024, somam R$ 6,3 bilhões.
No início de abril, o então ministro das Comunicações, Juscelino Filho, decidiu deixar o cargo após ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) ao STF (Supremo Tribunal Federal), na investigação sobre desvio de recursos públicos destinados a obras da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), quando ele era deputado federal.
O primeiro nome a deixar o governo foi Gonçalves Dias, em abril de 2023. Ele chefiava o GSI e pediu demissão depois de imagens do circuito de segurança do Palácio do Planalto mostrarem que ele estava no prédio quando a sede do Executivo foi palco de atos de vandalismo em 8 de janeiro daquele ano.
Em julho do mesmo ano, a então ministra do Turismo, Daniela Carneiro, entregou o cargo, após disputas internas no partido do qual faz parte, o União Brasil. Ela, que é deputada federal, retornou à Câmara e é vice-líder do governo no Congresso.
Dois meses depois, foi a vez de Lula demitir Ana Moser, que comandava o Ministério do Esporte. A decisão do presidente fez parte de um movimento para aumentar o espaço do centrão no governo federal. A pasta do Esporte foi entregue ao PP.
Na mesma tacada, o petista deu o Ministério dos Portos e Aeroportos ao Republicanos e criou mais uma pasta federal na Esplanada, o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, para acomodar Márcio França, que estava à frente dos Portos e Aeroportos.
Em fevereiro de 2024, Flávio Dino deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública para assumir uma vaga no STF. Ele foi substituído por Ricardo Lewandowski. Em setembro do mesmo ano, Sílvio Almeida foi demitido por Lula depois de denúncias de assédio sexual.
Paulo Pimenta, que comandava a Secom (Secretaria de Comunicação da presidência) saiu do governo em janeiro de 2025, após críticas de Lula à condução da comunicação do Executivo. Ele foi substituído pelo publicitário Sidônio Palmeira, responsável pela campanha eleitoral do presidente em 2022.
Em fevereiro deste ano, o petista demitiu Nísia Trindade do Ministério da Saúde e indicou Alexandre Padilha para substituí-la. Ele era o titular das Relações Institucionais e, com a ida para a Saúde, a pasta responsável pela articulação política do governo com o Legislativo foi assumida por Gleisi Hoffmann.
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