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R7 Brasília

Maria Cecília Lafetá assume presidência da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília

Ex-presidente, Chancerley Santana pediu exoneração após denúncia por estupro de vulnerável contra duas sobrinhas

Brasília|Do R7

Maria Cecília era chefe de gabinete da TCB Reprodução/Linkedin - mcmlft

A advogada Maria Cecília Martins Lafetá assumirá a presidência da TCB (Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília). A mudança no comando da instituição ocorreu após a exoneração do então presidente Chancerley de Melo Santana, nesta quinta-feira (8).

Graduada em direito, Maria Cecília já atuava no órgão desde novembro 2023 como gerente de projetos especiais. Em dezembro do mesmo ano, ela assumiu o gabinete da presidência da TCB.

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Santana pediu afastamento do cargo após a divulgação de uma denúncia segundo a qual ele responde por crimes de estupro de vulnerável e violência doméstica e familiar contra duas sobrinhas. O caso é mantido sob segredo de Justiça. Os crimes teriam ocorrido entre 2019 e 2024.

Santana assumiu o cargo de diretor-presidente da TCB em 2019, após diversas agens pelo serviço público. Segundo o processo, ele teria praticado os crimes contra as vítimas “por diversas vezes, mediante grave ameaça, conjunção carnal e atos libidinosos diversos”.


O documento, ao qual o R7 teve o, relata que Santana se aproveitava das relações familiares e da autoridade que exercia sobre as vítimas para cometer os abusos.

Além do abuso sexual, ele praticava violência psicológica contra as duas vítimas, “prejudicando e perturbando seu pleno desenvolvimento, bem como visando controlar suas ações e comportamentos, mediante constrangimento, chantagem e humilhação”.


O processo tramita em sigilo no Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

Controle e ameaças

As vítimas relatam que Santana se aproveitava de diversas situações para praticar os crimes. A primeira ocasião de abuso teria ocorrido quando uma delas foi até a cozinha da residência durante a madrugada para buscar um copo d’água e foi apalpada pelo tio.


O relatório também menciona que Santana chegou a pagar por um implante contraceptivo subcutâneo para uma das vítimas, com o objetivo de evitar uma possível gravidez.

Em outra situação, ele teria se trancado em casa com uma das jovens, escondendo a chave, na tentativa de abusar novamente dela.

“Ademais, ressalta-se que, além das violências sexuais sofridas pela vítima, durante todo o período em que o denunciado praticou os abusos, ele exerceu controle psicológico sobre a menor, ameaçando prejudicar seus familiares que trabalhavam por sua influência”, afirma o documento.

Santana é descrito como controlador. Ele impedia que a jovem conhecesse outros rapazes, frequentasse igrejas diferentes ou saísse com outros familiares.

“Nesse contexto, o denunciado afirmava que, caso a vítima revelasse os abusos, ele iria ‘destruir a vida de todos’. Também dizia que, se ela contasse, ninguém acreditaria, pois tudo era ‘coisa da cabeça dela’”, descreve o processo.

Santana responde por estupro com agravantes de autoridade e reincidência, violência psicológica, cárcere privado de pessoa vulnerável e importunação sexual reiterada. Ele pode ser condenado a pagar R$ 30 mil por danos morais a cada uma das vítimas.

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