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R7 Brasília

Ministério da Saúde aprova uso de membrana amniótica para tratar vítimas de queimaduras

Expectativa é que técnica amplie o o e reduza os custos no SUS; entenda como funciona

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Expectativa é que medida auxilie tratamento no SUS Leonardo Rattes / Saúde GovBA - arquivo

O Ministério da Saúde aprovou, na última semana, o uso da membrana amniótica como curativo biológico em hospitais públicos de todo o Brasil. A decisão é da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) e prevê ampliação do o e redução dos custos para o SUS.

A membrana amniótica, coletada da placenta após partos cesarianos — com autorização da mãe —, é considerada uma alternativa segura e mais ível em relação aos curativos tradicionais utilizados em grandes queimaduras.

O material, que antes era descartado, agora poderá ser reaproveitado nesses tratamentos. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a técnica já havia sido usada de forma emergencial durante a tragédia da Boate Kiss, em 2013.

O cirurgião plástico Eduardo Chem, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e coordenador do Banco de Tecidos da Santa Casa de Porto Alegre, explica que “na época da tragédia da Kiss, uma medida emergencial permitiu que recebêssemos membranas de outros países para tratar queimados, já que o Brasil não tinha regulamentação”.


Na prática, a membrana amniótica atua como um curativo biológico temporário, cobrindo feridas, aliviando a dor e estimulando a cicatrização com mais eficiência e menor custo em comparação aos curativos sintéticos.

“Num tratamento de queimadura, fazemos o debridamento (remoção de tecidos mortos, danificados ou infectados de uma ferida) para retirar o tecido necrosado e, em seguida, aplicamos o curativo. Os curativos à base de prata ou pele sintética podem custar até R$ 50 mil em casos de queimaduras faciais. Mesmo os mais simples chegam a R$ 10 mil. Agora, teremos uma alternativa gratuita e eficiente, que poderá ser utilizada por todos os bancos de tecidos do país”, afirma Chem.


O médico também destaca o potencial de captação do novo material, por se tratar de um momento positivo e de pouca resistência à doação.

“Vamos abordar uma família que está vivendo o momento mais bonito de sua vida e perguntar: ‘Olha, o neném nasceu e a placenta, com a membrana que o envolvia, seria descartada. Que tal doar para ajudar a salvar vidas?’ É muito diferente da doação de pele, que geralmente ocorre em situações trágicas”, explica.


Segundo Chem, com a decisão da Conitec, a expectativa é de que a escassez de pele humana nos bancos de tecidos seja amenizada, e que mais pacientes tenham o a um tratamento de ponta, gratuito e com melhores resultados para a cicatrização.

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