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R7 Brasília

Ministro defende prevenção a desastres climáticos para reduzir ‘vidas perdidas’

Waldez Góes, Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, defendeu a importância de planos definidos para lidar com desastres

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Waldez Góes, Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional Marcelo Camargo/Agência Brasil - 29.04.2025

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, defendeu a importância de planos estruturados para que cidades e municípios possam lidar com desastres climáticos. A medida, segundo o ministro, pode reduzir o número de mortes e de perdas materiais. “As pessoas precisam começar a ter uma cultura de lidar com o risco. Dificilmente vamos diminuir os eventos [climáticos] no Brasil: serão cada vez mais intensos e mais frequentes. Mas podemos diminuir as vidas que são ceifadas e o patrimônio perdido”, afirmou.

A declaração do titular da pasta foi feita em entrevista, na manhã desta terça-feira (29), no programa Bom Dia, Ministro, e ocorreu durante o balanço das ações realizadas pelo governo federal um ano após as enchentes que atingiram 2,3 milhões de pessoas e deixaram quase 200 mortos no Rio Grande do Sul.

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“Podemos diminuir [o número de vítimas] uma vez que a informação chegue com antecedência e as pessoas, em termos de cultura, de lidar com risco, respeitem a informação. A prefeitura também precisa ter condições de orientar por onde as pessoas devem sair e se proteger, e sinalizar os locais de altíssimo risco que devem ser evitados”, disse.

O ministro citou o programa Defesa Civil Alerta, lançado pelo governo federal, que envia avisos para os celulares dos moradores com alerta sonoro e vibratório em casos de emergência. O aviso se sobrepõe a qualquer outro conteúdo em uso na tela do usuário, inclusive nos celulares em modo silencioso.


“Para os estados e municípios receberem o programa eles têm que cumprir várias condicionantes e uma delas é ter um plano de contingência e ter certa cultura de respeito ao alerta público instalado na cidade. Acredito que essa política vai ganhar muita força, porque é um alerta com base em informação”, defende.

Como funciona

O titular da pasta explica que duas coisas são fundamentais nesse processo: “primeiro que a informação seja colhida, então o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e todos os institutos que fazem esse tipo de monitoramento devem ter isso sistematizado e à disposição da Defesa Civil Nacional, para gerar uma informação que precisa chegar na sociedade”.


Em segundo lugar, pondera o ministro, é necessário agir no recebimento da informação direto nos moradores. “As pessoas precisam respeitar esse alerta e a prefeitura deve ter muito claro o mapeamento e a sinalização de como as pessoas devem evacuar a cidade. Para onde devem ir para se proteger”, reforça.

Góes explica que o Defesa Civil Alerta tem dois avisos. “O primeiro, o alerta severo, informa que ainda dá tempo de as pessoas adotarem medidas, até tirar equipamentos de dentro de casa. Depois há o alerta extremo, que avisa que não dá mais tempo: as pessoas precisam abandonar suas casas [e se dirigirem a locais seguros]”, detalha.


O ministro cita que em Petrópolis e Angra dos Reis (RJ), nas chuvas que atingiram as cidades no começo do mês, foi usado o sistema para alertar a população.

Recursos disponíveis

Góes foi questionado, durante entrevista, sobre a alegação de prefeitos sobre falta de recursos para as obras de reconstrução de algumas cidades do Rio Grande do Sul destruídas com as enchentes do ano ado. O ministro, contudo, negou.

“É tudo, menos falta de recursos. O presidente Lula deixou R$ 111 bilhões de recursos para a sociedade. Nós iniciamos esse processo de resposta, por exemplo, prevendo pagar R$ 5,1 mil para 250 mil famílias, e pagamos para 420 mil famílias os R$ 5,1 mil do auxílio reconstrução. Então, os recursos estão disponíveis, seja no Fundo do Estado ou no Fundo Federal. Tem recurso inclusive comigo, no Ministério”, disse.

Góes explicou que nos casos de ajuda humanitária, o recurso é enviado mais rapidamente para os gestores públicos locais. “Agora se é obra, existe um rito que não podemos descumprir. Não que faltem recursos, às vezes o problema é do projeto que não está bem estruturado, a licitação que não foi feita, ou alguém [empresa] baixou demais o preço, entrou na obra e depois abandonou [o projeto]”, explicou.

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