Operação investiga cobrança indevida em benefícios do INSS; prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bi
Ao todo, cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumprem 211 mandados judiciais
Brasília|Victoria Lacerda e Rafaela Soares, do R7, em Brasília

A PF (Polícia Federal) e a CGU (Controladoria-Geral da União) deflagraram nesta terça-feira (23) a Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de cobranças indevidas em benefícios do INSS. De acordo com as apurações, aposentados e pensionistas foram alvo de descontos não autorizados de mensalidades associativas, aplicados diretamente sobre os valores de aposentadorias e pensões. O prejuízo estimado chega a R$ 6,3 bilhões, acumulados entre os anos de 2019 e 2024.
Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumprem 211 mandados judiciais, incluindo ordens de busca e apreensão, sequestro de bens, avaliados em mais de R$ 1 bilhão, e seis mandados de prisão temporária.
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A operação ocorre no Distrito Federal e em 14 estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Seis servidores públicos também foram afastados de suas funções por decisão judicial.
De acordo com a PF e a CGU, o esquema envolvia entidades que aplicavam os descontos diretamente sobre os benefícios previdenciários, com a suposta ajuda de agentes públicos e uso indevido de dados dos beneficiários.
Os investigados poderão responder por corrupção ativa e iva, violação de sigilo funcional, falsificação de documentos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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