Pacheco entrega a Aras informações sobre invasores do Congresso e pede punição
Presidente do Congresso quer que os vândalos identificados pela Polícia Legislativa arquem com os danos provocados no prédio
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) entregou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, nesta sexta-feira (13) uma representação com dados dos responsáveis por invadir e depredar a Câmara e o Senado, nos ataques do último domingo (8).
O documento sigiloso contém informações dos extremistas detidos e identificados pela Polícia Legislativa. Ao todo, são 38 pessoas citadas pela invasão ao Senado e seis relativas aos danos na Câmara. O objetivo, segundo Pacheco, é auxiliar na abertura de ações contra os vândalos.
A Advocacia-geral do Senado sugere, inclusive, que haja sequestro de bens e bloqueio de ativos dos alvos apontados, a fim de que os valores sejam usados para arcar com os danos ocasionados no Congresso.
"Não é justo que a sociedade brasileira, o erário, pague pelos danos causados por uma minoria extremista que pretendeu fazer um golpe", disse o senador ao entregar a representação a Aras. Por enquanto, uma estimativa preliminar é de que os danos no Senado estão em torno de R$ 3,5 milhões, além de R$ 3 milhões em relação à Câmara.
Manifestantes contrários a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) furaram o bloqueio realizado na Esplanada dos Ministérios pela Polícia Militar do Distrito Federal, na tarde desta domingo (8).
Manifestantes contrários a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) furaram o bloqueio realizado na Esplanada dos Ministérios pela Polícia Militar do Distrito Federal, na tarde desta domingo (8).
Pacheco cobrou do MPF "máximo empenho" na repreensão dos vândalos para "evitarmos que isso possa se repetir a partir de algum sentimento de impunidade".
Em resposta, Aras garantiu que o Ministério Público Federal (MPF) "está totalmente voltado à apuração e identificação dos responsáveis", bem como à devida punição dos culpados.
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A previsão é que as primeiras denúncias sejam formalizadas entre segunda-feira (16) e terça-feira (17). "Vamos nos debruçar com a rapidez e a confiança de que é preciso responder aos fatos. Nosso maior valor constitucional é a democracia", declarou.