Copom adota cautela, mas não descarta nova alta na taxa básica de juros em junho
Comitê de Política Monetária diz que próxima decisão sobre a taxa Selic dependerá da evolução da inflação
Economia|Do R7

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (7) aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano, o maior patamar desde julho de 2006.
No comunicado que anunciou a decisão, o colegiado sinalizou que uma nova alta de juros não está descartada, mas será considerada apenas se os próximos indicadores econômicos justificarem essa medida.
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O comitê adotou um tom cauteloso em seu comunicado, sem antecipar movimentos específicos para a próxima reunião, que acontece nos dias 17 e 18 de junho.
O Copom indicou que manterá vigilância sobre os dados econômicos e que qualquer decisão sobre a taxa Selic dependerá da evolução da inflação, especialmente de seus componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária.
“O Comitê se manterá vigilante e a calibragem do aperto monetário apropriado seguirá guiada pelo objetivo de trazer a inflação à meta no horizonte relevante e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, explicou o Copom.
Juros altos por mais tempo
O Copom avaliou que o atual cenário econômico, marcado por incertezas externas, deterioração das contas públicas e pressões no mercado de trabalho, exige a manutenção de juros elevados por um período prolongado.
A autoridade monetária destacou que as expectativas de inflação seguem desancoradas e que a atividade econômica mostra resiliência, o que reforça a necessidade de uma política monetária mais dura para conter os preços.
Com isso, segundo o comitê, a taxa Selic deve permanecer em um nível alto por mais tempo, mesmo sem indicar uma elevação imediata.
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