Em ata, Copom diz que elevação das projeções de inflação exigiu manutenção da Selic a 10,50%
Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu interromper ciclo de cortes na taxa básica de juros
Economia|Do R7, em Brasília

O Banco Central divulgou nesta terça-feira (25) a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), responsável pela análise e definição da taxa básica de juros, a Selic. No texto, o comitê afirmou que a decisão pela manutenção do índice em 10,50% ao ano foi devido, entre outras razões, à elevação das projeções de inflação. Além disso, o colegiado destacou que “eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.
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Na ata desta terça, as projeções de inflação do Copom são de 4,0% para 2024 e 3,4% para 2025. Na comparação com ata da reunião anterior do comitê, realizada em maio, houve alta. Antes, as estimativas eram de 3,8% para 2024 e 3,3% para 2025.
“O Comitê avaliou que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comitê se manterá vigilante e relembra, como usual, que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, diz a ata.
O Copom destacou também que a manutenção da Selic a 10,50% “implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica”. “A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, ampliação da desancoragem das expectativas de inflação e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária.”
O órgão citou, ainda, que o “o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela”.
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