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R7 Brasília

Lula nega erro no IOF e indica novo acordo fiscal em construção com líderes do Congresso

Presidente indicou que governo pode anunciar novo pacote fiscal ainda nesta terça-feira, antes de sua viagem oficial a Paris

Brasília|Victoria Lacerda e Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Em coletiva, Lula atualizou informações da posição do governo sobre o IOF Ricardo Stuckert/PR - 03.06.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta terça-feira (3) que tenha havido erro por parte do governo ao anunciar a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), medida que gerou forte reação do mercado e do Congresso.

Segundo ele, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou a proposta em meio à pressão por uma resposta rápida sobre a compensação da desoneração da folha de pagamento — exigência do STF (Supremo Tribunal Federal).

“Quando aprovaram a desoneração, já sabiam que havia uma decisão da Suprema Corte exigindo compensação. O Haddad, no afã de dar uma resposta rápida à sociedade, apresentou uma proposta. Agora, se há outras possibilidades, estamos discutindo”, afirmou Lula, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

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O presidente indicou que o governo pode anunciar o novo pacote fiscal ainda nesta terça-feira, antes de sua viagem oficial a Paris. Segundo ele, as propostas já foram discutidas com os presidentes da Câmara e do Senado, e agora dependem apenas de consenso entre os líderes.


“Hoje vai ter um almoço na minha casa com todas as pessoas envolvidas nessa discussão. A ideia é saber se o acordo está feito ou não, para que a gente possa anunciar como será feita a compensação que o Brasil precisa para colocar nossas contas fiscais em ordem”, disse.

A equipe econômica busca alternativas para substituir o aumento do IOF, que seria a fonte de compensação das perdas com a desoneração da folha até 2027. A proposta gerou reação imediata no Congresso, que se mobilizou para derrubar o decreto — algo que não acontece há 25 anos. Após a pressão, o governo ganhou um prazo de dez dias para apresentar uma nova solução.


As medidas em discussão foram mantidas em sigilo até o momento, mas Lula reforçou que só pretende enviar qualquer texto ao Congresso após pactuar o conteúdo com os principais atores políticos.

“Antes de qualquer medida, temos que reunir os nossos parceiros: o presidente do Senado, o presidente da Câmara, os líderes dos partidos. Não tem segredo. Já fizemos uma reunião domingo à noite, e hoje encerramos esse processo com um almoço na minha casa”, disse.


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Reunião Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, definiu como “decisiva” a reunião realizada nessa segunda-feira (2) com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o presidente da Câmara, Hugo Motta, para estabelecer alternativas ao aumento do IOF.

“Foi uma excelente conversa na residência oficial do presidente da Câmara [Hugo Motta], com a presença do presidente do Senado [Davi Alcolumbre]. Além de mim, a ministra [das Relações Institucionais] Gleisi [Hoffmann] participou. E conseguimos com dois técnicos, um da Fazenda e um da Casa Civil, apresentar ponto por ponto daquilo que já havia sido sugerido por alguns parlamentares”, disse.

O ministro ainda acrescentou haver “acolhimento” dos dois presidentes e ressaltou que, no Congresso, o próximo o é conseguir alinhamento com todos os líderes.

“Tive uma reunião que há muito tempo não tínhamos, uma reunião decisiva, para colocar mais ordem no que precisa organizar, sem prejudicar a população, respeitando os direitos, mas avançando na estabilidade macroeconômica”, completou.

Segundo Haddad, o governo também apresentou “uma estimativa de impacto benéfico sobre as contas públicas” com as mudanças.

“Hoje vamos ter uma reunião com o presidente da República bastante produtiva porque chegamos a um entendimento de pequenos detalhes para ser arbitrados. O plano de voo está bem montado, vamos todos hoje, antes da viagem do presidente [para a França], apresentar a ele todos os pontos. Essa agenda já estava pré-fixada durante o fim de semana, queria que na terça-feira as coisas se resolvessem para que ele pudesse viajar mais tranquilo, já com essas coisas endereçadas”, detalhou Haddad.

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