‘Separar o joio do trigo’, diz ministro da Previdência sobre associações após fraudes do INSS
Wolney Queiroz defendeu a existência de algumas associações e disse que após pente-fino do governo ficarão apenas ‘poucas e boas’
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, disse que o governo está fazendo um pente-fino para separar o “joio do trigo” no caso das associações de aposentados e pensionistas envolvidas nas fraudes do INSS. Ele explicou que hoje são 41 associações que têm o Acordo de Cooperação Técnica, ou seja, estão credenciadas pelo INSS.
“Agora vai acontecer um pente-fino, vamos fazer uma checagem de todas as associações, como elas se comportam e como elas trabalham. Ao final de tudo vamos separar o ‘joio do trigo’ e vamos ficar com o ‘trigo’. O ‘trigo’ são as associações que existem, que efetivamente prestam serviços aos aposentados, pois há essas associações: associações que têm 60 anos, 40 anos, e que são amplamente conhecidas pelos aposentados”, defendeu.
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Ele ressaltou que, “a partir desse momento que aconteceu a operação deflagrada pelo governo, a CGU (Controladoria-Geral da União) com a PF (Polícia Federal), primeiro ocorreu uma determinação do governo de suspender todo e qualquer desconto”. “Todas as associações estão proibidas de descontar e de receber dinheiro”, explicou.
O ministro também disse que é benéfico aos aposentados e pensionistas que essas associações “sejam preservadas”. “Ao final de tudo, ficarão poucas e boas associações fazendo esse trabalho de atendimento aos aposentados”, disse.
Suposta fraude no INSS
As declarações foram dadas em entrevista ao Bom Dia, Ministro, nesta quinta-feira (29). Na ocasião, o ministro também disse estar confiante de que o governo conseguirá ressarcir os aposentados vítimas das fraudes antes de 31 de dezembro, data limite estabelecida pelo próprio governo federal.
“[A data de 31 de dezembro] foi uma fala do presidente do INSS, Gilberto Waller, que colocou um prazo limite. Mas eu espero, sinceramente, que bem antes a gente consiga isso porque esse foi um pedido do presidente da República [Luiz Inácio Lula da Silva] que pediu que a gente fosse rápido, fosse implacável na busca e responsabilização dos culpados”, disse.
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