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Ataque de drone gera paralisação recorde e perdas milionárias para aeroportos russos

Kiev amplia pressão sobre retaguarda russa, enquanto Moscou tenta manter operação do setor aéreo

Internacional|Do R7

Aeroportos de Moscou registraram o maior número de paralizações e atrasos
Aeroportos de Moscou registraram o maior número de paralisações e atrasos Reprodução/Telegram/Шереметьево - @svo_online

A aviação civil russa enfrenta um período delicado em 2025, especialmente no mês de maio. O aumento de ataques com drones ucranianos provocou o maior número de paralisações em aeroportos desde o início da guerra. Apenas nos dias 6 e 7 de maio, a Rússia teve de suspender operações em mais de 10 aeroportos civis após uma série de ataques, o que representa uma das maiores interrupções do setor desde 2022.

De acordo com levantamento da Novaya Gazeta Europa, os sistemas de defesa aérea russos interromperam pousos e decolagens 35 vezes nesses dois dias, afetando mais de 60 mil ageiros. Pelo menos 350 voos foram cancelados ou sofreram atrasos.

ageiros relataram esperar por horas sem receber informações, comida ou água. Em alguns casos, ficaram presos por mais de sete horas dentro dos aviões, parados na pista.

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O impacto financeiro é também um agravante da situação. Estimativas apontam que as companhias aéreas já acumularam perdas superiores a 1 bilhão de rublos, o equivalente a R$ 72 milhões. A cifra inclui redirecionamento de voos, gastos com hotéis, compensações a ageiros e prejuízos com conexões perdidas.


Desde fevereiro de 2023, houve ao menos 366 incidentes que levaram ao fechamento de aeroportos russos. Só em 2025, foram 217 paralisações — mais do que em 2023 (58) e 2024 (91) somados. A média deste ano indica que dois aeroportos civis têm sido fechados todos os dias em razão da atividade de drones.

As regiões mais afetadas em 2025 ficam no oeste da Rússia, como Saratov, Volgogrado, Nizhny Novgorod e Penza. Os ataques miram grandes centros industriais e refinarias de petróleo. Em anos anteriores, os fechamentos se concentravam em Moscou e Kazan.


Desde novembro de 2023, o Plano Tapete, ou Operação Kovyor, como é chamado na Rússia, foi acionado em 37 aeroportos civis. O procedimento determina que todas as aeronaves no solo permaneçam estacionadas, aviões em aproximação devem pousar imediatamente e os que não puderem devem subir para máxima altitude e sair da zona de risco.

Os aeroportos de Moscou são os mais atingidos. Já no Tartaristão, a 800 km da capital russa, as interrupções são atribuídas à presença de instalações militares estratégicas, como a fábrica de drones Shahed em Yelabuga, atingida por drones ucranianos em abril de 2024. Muitos desses aeroportos operam voos civis e militares, o que aumenta a chance de serem alvos.


A média de duração das paralisações é de 3,5 horas. Mas o efeito dominó nos cronogramas das companhias aéreas gera atrasos que podem durar dias. Desde o início da guerra, 920 voos foram redirecionados para outros aeroportos após a ativação do Plano Tapete. Só os redirecionamentos custaram cerca de 900 milhões de rublos (cerca de R$ 65 milhões).

Mesmo com o prejuízo acumulado, analistas não veem risco imediato de aumento nas tarifas aéreas. As companhias costumam prever essas perdas nos seus modelos de precificação com meses de antecedência. No entanto, se ataques e paralisações arem a ocorrer com frequência semanal, o impacto deve chegar às agens, alertam especialistas do setor.

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