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Rússia investe em mísseis de cruzeiro, mas evita usá-los em massa; entenda a estratégia

Ao todo, a Rússia realizou cinco ataques com mísseis de cruzeiro desde o início do ano

Internacional|Do R7

O Kh-101, míssil de cruzeiro russo lançado do ar
O Kh-101, míssil de cruzeiro russo lançado do ar Ministério da Defesa da Federação Russa

Apesar de manter uma produção mensal estimada em 150 mísseis de longo alcance, a Rússia tem realizado poucos ataques com esse tipo de armamento desde o início de 2025. A discrepância entre a capacidade industrial e o uso prático levanta dúvidas sobre possíveis limitações logísticas, operacionais ou estratégicas do Kremlin.

Entre os dias 25 e 26 de maio, a Rússia lançou 64 mísseis de cruzeiro contra a Ucrânia em uma ofensiva que envolveu bombardeiros Tu-95MS e também os Tu-160, aviões estratégicos que haviam sido utilizados apenas duas vezes nos últimos dois anos. Apesar do uso dessas aeronaves, o número de mísseis disparados ficou abaixo do esperado, considerando as estimativas de produção divulgadas por autoridades ucranianas.

Segundo o Comando da Força Aérea da Ucrânia, 55 mísseis de cruzeiro foram disparados na primeira noite da operação, dos quais 45 foram interceptados. Na noite seguinte, outros 9 mísseis Kh-101 foram lançados a partir de bombardeiros Tu-95MS. Esse foi o único ataque aéreo de longo alcance registrado em maio. A última ofensiva com essas características ocorreu em 24 de abril.

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Ao todo, a Rússia realizou cinco ataques com mísseis de cruzeiro desde o início do ano: em 15 de janeiro, 25 de fevereiro, 7 de março, 24 de abril e 25 a 26 de maio. Foram disparados 191 mísseis nesse período, uma média de menos de 40 por mês, valor bem abaixo da taxa estimada de produção.


De acordo com a inteligência militar da Ucrânia, só em 2025, a Rússia planeja fabricar 633 mísseis Kh-101, além de unidades adicionais dos modelos Kalibr e R-500. Mesmo assim, o ritmo de uso segue contido. O cenário pode indicar uma estratégia deliberada de reserva de armamentos ou, como apontam especialistas, dificuldades para manter as plataformas de lançamento operacionais.

No mar, os lançamentos do míssil Kalibr são limitados pela baixa disponibilidade de submarinos em condições de operação e pelo risco de mobilizar navios de superfície. Já no ar, a Força Aérea da Rússia enfrenta obstáculos para manter sua frota de bombardeiros. O modelo Tu-95MS, base da capacidade estratégica do Kremlin, tem lançado poucos mísseis por missão, entre 1 e 3, quando o ideal seria de 6 a 8.


Além disso, a Ucrânia tem conseguido atingir alvos estratégicos russos nas últimas semanas. Um ataque à base aérea de Engels, em março, pode ter comprometido estruturas essenciais para preparar mísseis para o lançamento. Como resposta, Moscou transferiu parte de sua frota para bases mais distantes, o que aumenta o tempo de voo e reduz a eficiência das operações.

A situação dos bombardeiros Tu-160, aeronaves mais modernas, também é restrita. Entre 13 e 18 unidades conhecidas, pelo menos seis estão em manutenção ou modernização. Estima-se que menos da metade esteja pronta para voar. A frota de Tu-95MS, com cerca de 40 a 50 aeronaves registradas, pode enfrentar problemas semelhantes, o que reduziria drasticamente o número de vetores disponíveis para ataques.

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