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Mulheres jovens e bem vestidas são recrutadas por facção para invadir prédios de luxo em BH

Perfil foi traçado por investigação das polícias de Minas e São Paulo; alvos seriam pré-determinados a partir de dados vazados da Receita Federal

Minas Gerais|Bruno Menezes, do R7 e Shirley Barroso, da RECORD MINAS

Além de BH, grandes cidades do interior e de outros Estados registraram esse tipo de ação Reprodução R

Na maioria das vezes de cara limpa e se ando por moradores acima de qualquer suspeita. É assim que cerca de 300 adolescentes, adultos e mulheres muito bem vestidas, com idades entre 11 a 32 anos, recrutados por uma facção criminosa, se apresentam a porteiros para tentar invadir e fazer furtos planejados de joias e grandes quantias em condomínios de luxo em Belo Horizonte e em outros municípios.

Há registros de que o mesmo tipo ação criminosa já tenha ocorrido em cidades do interior de Minas como Uberlândia e Juiz de fora, além de São Paulo, Florianópolis e cidades do Nordeste do país.

Uma investigação das Polícias Civis de Minas Gerais e São Paulo traçou o perfil das pessoas que são recrutadas para cometerem esse tipo de crime. Segundo as instituições, em São Paulo, a ação começou há oito anos e os principais alvos eram empresários chineses que tinham o costume de guardar quantias altas em dinheiro e joias em casa.

Em Belo Horizonte, a atuação criminosa começou em 2019 e se intensificou durante a pandemia, com o uso de bonés e máscaras para dificultar o reconhecimento facial.


“Essa quadrilha de São Paulo vem pra Belo Horizonte e cidades grandes do interior, já com alvos pré-definidos, com base em dados vazados da Receita Federal ou dados do Consulte online e conseguem obter dados que dão até informações de ganho da pessoa.”, explica o delegado Felipe Freitas, chefe do Depatri (Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio de Minas Gerais)

Em julho do ano ado, dois jovens entraram em um prédio de luxo do bairro Belvedere, um dos mais nobres de Belo Horizonte, invadiram um apartamento e fizeram uma “limpa”. Eles furtaram dinheiro e joias avaliadas em 200 mil reais.


Em alguns casos, os recrutados utilizam órios para tentar não serem reconhecidos como perucas, óculos escuros e bonés. Os jovens, em sua maioria, são de classe média e que se rendem à tentação do dinheiro fácil do crime.

“São jovens que tiveram o à educação, o à cultura, sabem se comportar, sabem falar, chegam bem vestidos e se apresentam como jovens que viveriam naquele local. A gente sabe que tem o financiamento por trás, mas é tudo muito compartimentado. Você não consegue saber quem financiou a empreitada criminosa. Chegar até essa pessoa é muito difícil. Até pela própria rede de lavagem de dinheiro que eles tem”, pontua o delegado.


Mulheres também são recrutadas e am pelos porteiros bem vestidas, tentando ar o ar de estarem acima de qualquer suspeita.

“A mulher chega bem vestida, nova, bonita, de boa aparência. Certamente fez um levantamento pretérito, já tem uma história de cobertura que vai colocar ela naquele lugar. Dificilmente o porteiro vai colocar atenção nela com esse tipo de maldade”, pontua.

Uma vez o furto efetuado, a polícia afirma que a quadrilha tenta obter, o quanto antes, o dinheiro da venda do objeto.

“O que essas quadrilhas especializadas fazem? sumir com o bem mais rápido possível. Quanto antes eles conseguirem fazer isso e ficar com o dinheiro que apurarem com aquilo, melhor”, finaliza o delegado

Treinamento de porteiros

As ocorrências já estão refletindo no treinamento dos porteiros que atuam em condomínios de Belo Horizonte. De acordo com o supervisor operacional de uma empresa que atua no ramo de treinamento de porteiros e de segurança em geral, Wesley Júnio, vídeos de ações criminosas aram a ser exibidas no treinamento para que ele entendam o que fazer nessas situações.

“Colocamos pra eles alguns assaltos que aconteceram, algumas tentativas. Porque a gente aborda os pontos e traz situações práticas. Eu pego situações que ocorreram e mostro para eles o que pode acontecer no futuro. Assim eles estão preparados para lidar com a situação”, enfatiza.

Wesley ainda afirma que muitos dos casos de invasão podem ocorrer até por descuido dos próprios condôminos com as regras de segurança.

“É uma coisa que acaba acontecendo e o ponto que a gente tenta lidar, principalmente com os síndicos, é levar o comunicado para os moradores para ter uma comunicação aberta. Ter uma comunicação com os condôminos ajuda bastante na segurança deles mesmos e de todos os profissionais do setor”, esclarece.

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